terça-feira, 3 de março de 2009

FUNDEIO EM FRENTE A CIDADE


A perda do motor de popa fez com que em Itacaré nossos desembarques, a remo é claro, fossem feiros exclusivamente nos estopos de mares devido a enorme correntesa que deveria chegar e 3 nós.

PRAIA DAS CONCHAS E PRAIA DA ORLA


JUNTO COM O CATAMARÃ PICO ALTO


FAROL DA BARRA DE ITACARÉ


Nossa próxima parada agora é Itacaré, a cerca de 37 milhas que percorremos da mesma forma que a perna anterior sem muito vento e o pouco que tem é contra.
Aparentemente ao chegarmos em Itacaré nos pareceu uma cidade bem pacata, um farol marca a entrada da barra e logo se vê duas praias ( Praia das Conchas e Praia da Orla), tem um canal de entrada que marcamos nos way points do GPS caso contrario pode-se ficar encalhado ma arrebentação do banco de areia existente bem a direita de quem entra na barra.
Ao desembarcar me surpreendeu a quantidade de turistas existentes na cidade e a quantidade de pequenas empresas oferecendo passeios ligado ao turismo de aventura. Diferente de outras cidades como Búzios e Morro de São Paulo que são cenários para turista ver, em Itacare o turismo se mescla com o dia a dia da cidade, lá podemos perceber a presença da população e o seu dia a dia não há aquela rua do turista as lojas e serviços voltado para o turista esta por toda a parte.

POR DO SOL NO BAR DO REGIS


ILHA DO SAPINHO


Mesmo com a quebra do motor do bote ( É só um bote ) o passeio foi o que mais deixou saudades em Camamu.

NOSSO ALMOÇO DE 3 KG


Cozido e depois temperado com azeite e alho mal coube na panela.

FUNDEADOS EM CAMAMU


Vencemos a barra do Rio do Inferno em Boipeba logo na maré cheia da manha por causa da pouca profundidade local e rumamos para Camanu, ainda com vento fraco e contra vencemos as 35 milhas em 7 horas ajudando com o motor, já estamos sentindo falta daquelas velejadas gostosas, sem motor mas parece que o tempo não tem ajudado.
Camamu como sempre muito bonito, paramos desta vez em frente ao bar de Regis, lá se pode comer muito bem, apesar de simples sempre fomos muito bem atendidos, até mesmo em relação as necessidades específicas de velejadores tais como água e gelo nos foram providenciados.
Nossas expedições desta vez na baia de Camamu foram mais modestas, retornamos a ilha da Pedra Furada e mergulhamos em alguns lugares em busca de algum peixe para o almoço mas foi em vão.
Em uma destas maravilhosas investidas de bote ilha do Sapinho, uma folha tampou a refrigeração do motor de popa que já não estava bom e acabou quebrando de vez, voltei de carona em uma escuna e depois de muito puxar a corda de partida do motor aposentei-o de vez.Já era hora de partir mas a vontade de ir embora não vinha, sai de Camamu com o coração partido, com muita saudades de tudo e de todos por lá.

PRAIA


FUNDEADOS EM BOIPEBA


Na maré baixa ficavamos a menos de cinquenta metros da praia.

JEGUE ELÉTRICO.


Na Bahia é comum o Trio Elétrico, mas como na cidade não chega carro o carnaval é animado nas ruas com o Jegue Elétrico puchando a carroça de som, Pequeno mas com um barulho enorme.

CHEGANDO NA BARRA DE BOIPEBA


Embora muito largo, o Rio do Inferno tem canais estreitos entre pedras e bancos de areia, navegação só com praticos pois embora as pedras não mudem, os bancos de areia estão cada dia em um lugar diferente.

COMENDO OSTRAS NOS BARES FLUTUANTES


COMUNIDADE RIBEIRINHA


A curiosidade das crianças é muita ao ver passar barcos de passeio.

CIDADE DE CAIRU


A meio caminho rumo a Boipeba passamos pela cidade de Cairu que é sede de todos os bairros ribeirinhos.

CANOA LOCAL DETALHE PARA O LEME NA POPA VIRADO PARA FRENTE.


O mundo náutico é cheio de pérolas como esta.

ANCORADOS EM VALENÇA


Partimos rio acima para nos abastecer em Valença, navegamos parte pelo rio Cairu e derivamos para o rio Una, muito raso tanto que tocamos o fundo varias vezes até achar o canal certo que muitas vezes não passava de 1,2 metros. Nosso destino era Boipeba localizada na ilha de mesmo nome a 28 milhas rio acima. A 6 milha de chegar fica um pequeno agrupamento de casas com o nome de Canavieirinhas onde alguns bares flutuantes vendem ostras e lambretas produzidas nos próprios viveiros. Deste ponto até Boipeba iríamos pelo rio do Inferno cheio de coroas de areia e pedras por todo lado, apelamos para um pratico local que por R$50,00 nos levou até a cidade. Muito mais tranqüila que Morro de São Paulo a cidade bem pequena com alguns casarões antigos implantados morro acima na encosta da barra do rio com o mar.

PARA TUDO SE DÁ UM JEITO E UM NOME


POR DO SOL FUNDEADOS EM GANBOA


Até Morro de São Paulo a presença de muitos barcos estrangeiros é grande, principalmente os franceses como este cartamarã na foto que vem da Europa via Ilhas Canarias e atravessam o Atlantico rumo a Bahia, ai sobem a costa do Brasil até o Caribe.

Ó EU LA NA PRAIA.


AS RUAS CHEIAS DE RESTAURANTES E LOJAS DE ARTESANATOS ( QUINQUILHARIAS)


ENTRADA DA CIDADE QUARDADA PELA FORTALEZA


É por aqui que todos os turistas chegam de barco. O desembarque é tranquilo com mar calmo, mas as malas são levadas ladeira acima por garotos em carriolas de mão.

FAROL DE MORRO DE SÃO PAULO


Depois de nos abastecermos no CENAB, partimos para Morro de São Paulo cerca de 38 milhas, navegamos misto entre motor e vela em um contravento que não mudou por um só minuto na viagem, tanto os últimos dias em Salvador como os dias passados em Morro não foram de sol o dia todo, muitos pirajas e dias nublados, Isto explica o vento vindo do Sul pois nesta época do ano é normal na Bahia termos ventos Leste rondando para Nordeste.
Morro de São Paulo é daqueles lugares que mais parece um cenário para receber turistas, muito bonito mas não era o que estávamos procuramos. No mesmo dia fundeamos o barco uma milha mais adentro no rio Cairu em uma cidade chamada Ganboa,, bem mais simples mas muito charmosa, que igualmente a Morro estão localizadas na ilha de Tirinhaé e não tem carros.

IMAGEN DE ITAPARICA LÁ VALE A PENA


Foto tirada em um bairro virado para mar aberto em Itaparica, é incrivel como a vegetação sobrevive na água salgada.

FAROL DA BARRA POR BORESTE

Chegamos a salvador a motor completamente sem vento, depois de uma ótima velejada durante o dia anterior e a noite toda.
Não tem como ficar poucos dias na Baia de Todos os Santos, por mais que apressemos as coisas, é tudo muito bom e difícil de passar sem visitar pela segunda vez, ficamos alguns dias no CENAB, em Salvador comento lambreta no mercado modelo, ai partimos para Aratu para uma rápida manutenção nos esticadores do estaiamento do barco. Todas estas velejadas pela baia tinha direito a uma parada para mergulho com direito a algum peixe no arpão e na panela.Iataparica é parada obrigatória para os velejadores, um marina pública com ótimas instalações e a possibilidade de abastecer o barco com água mineral são uns dos atrativos alem do lugar belíssimo que não da para esquecer. Só que desta vez, o clima por lá estava mais pesado. A pirataria no Brasil tem aumentado nos últimos anos, em outubro de 2008, dois veleiros de amigos nossos que estavam retornamos de Noronha foram roubados durante a noite, meses depois um casal de franceses em outro veleiro que estavam visitando a ilha, foram assaltados a mão armada e alem de roubados foram surrados pelos bandidos tendo que retornar a França de avião para tratamento, agora dois dias antes de irmos para lá um catamarã de 50 pés com turistas paulistas e skiper baiano foram também assaltados e o skiper muito conhecido em todo em meio náutico foi assassinado deixando mulher e filhos pequenos. Tudo isto faz o turista pensar duas vezes antes de ir a Itaparica.