quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Desembarque em Santa Cruz de Cabralia

Todos os barcos na faina do combustível

Depois de dois dias de muito trabalho resolvemos nos aprontar para sair pois a próxima maré seria ainda mais violenta e toda a ancoragem já estava meio comprometida, depois de 300 milhas do ultimo abastecimento em Vitória fomos então a cidade vizinha buscar combustível.

Festa com almoço


Para não perdermos a continuidade tínhamos que ter uma festa nesta parada também, bem servido tivemos um almoço muito bom em um restaurante local, com direito a um forro ao vivo tocado entre as mesas.
Mas nem tudo é diversão, a correnteza aumentou e pouco a pouco, devido ao sucessivo movimento, as ancoras foram afrouxando deixando os barcos amadrinhados de lado com a corrente o que fez com que vários barcos garrasem nos dando novamente muito trabalho para coloca-los novamente nos seus lugares evitando um grande boliche náutico.

Botes a toda velocidade.

Como tudo que é bom dura pouco, a Joana outra vez teve que desembarcar pois estava acabando suas férias, coisas da vida.
Santo André é uma vila pequena perto de Santa Cruz de Cabralia, hoje já com condomínios de luxo, grandes resorte e boas casas de veraneio, mas com uma comunidade muito carente, é lá que o cruzeiro com a ajuda do Ronaldo do veleiro Feitiço, concentra sua ação social. As crianças ficam loucas com os botes, tanto que proporcionamos uma regata de botes a remo entre eles.

Continua o congestionamento de botes.

Amadrinhado com o Triunfo.

Ancorados todos

Na chegada a Sto André, os barcos tinham a orientação de esperar ancorados fora da barra do Rio aguardando o horário da maré e a chamada de entrada que seria feita em comboios de 5 barcos e auxilio de pratico local. No nosso caso, como não temos problema de calado, entramos direto para se preparar para ajudar a atracar 51 barcos que iriam entrar.
A ancoragem é feita em um rio com muita corrente chegando a 3 nos e com problema de profundidade, o canal do rio não é fundo suficiente, por isto temos que colocar os barcos amadrinhados de 2 ou 3 em poços de acordo com o calado e cada um, foi preciso mais de 6 horas de muito trabalho para acomodar todos.
No bote do Tuareg foi o comandante e a Joana, no Guga Buy o Edu e no Feitiço o Ronaldo, tivemos mais alguma ajuda esporádica mas posso dizer que fizemos um trabalho de mestre, ficaram todos os barcos fundeados com duas ancoras e de todos somente um derivou um pouco e acabou encalhando por estar dois metros fora do lugar.

Por do sol no mar

Com todo o pano e motor

Joana na roda de leme


Saímos de Abrolhos junto com o grupo rumo a Santo André de Cabralia.
Devido a problemas no barco o veleiro Mony saiu antes e assim passou o comando da flotilha dos veleiros acima de 40” pés conosco, isto significou fazer chamadas a cada 6 horas e tentar que todos respondam, tarefa difícil, alguns estavam sempre na escuta radio mas outros nunca consegui falar.